Políticos votaram de forma unânime para rejeitar medida anunciada pelo presidente do país.
Os legisladores da Coreia do Sul votaram por unanimidade para bloquear a lei marcial decretada hoje pelo presidente Yoon Suk Yeol. Com a votação, dezenas de soldados que haviam invadido o prédio principal do Parlamento começaram a se retirar, de acordo com informações da CNN Internacional.
As emissoras de TV locais também mostraram as tropas deixando o edifício. Algumas forças permanecem nos arredores da Assembleia Nacional, embora algumas pareçam ter abandonado seus equipamentos.
Do lado de fora do prédio, os cidadãos comemoraram a decisão dos legisladores com aplausos, e alguns gritaram: “Viva a República da Coreia!” e “Yoon Suk Yeol, desista!”.
A justificativa do presidente Yoon Suk Yeol anunciou o decreto de lei marcial com o objetivo de proteger o país das “forças comunistas”, conforme afirmou em um discurso. “Para salvaguardar uma Coreia do Sul livre das ameaças representadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar elementos antiestatais… declaro lei marcial de emergência”, disse o presidente, em um pronunciamento transmitido ao vivo pela televisão.
“Sem considerar o bem-estar da população, o partido de oposição paralisou o governo apenas por razões políticas, investigações especiais e para proteger seu líder da justiça”, acrescentou.
A medida surpreendente ocorre em um momento de intensas discussões entre o Partido do Poder Popular de Yoon e o Partido Democrático, principal legenda de oposição, sobre o projeto de lei orçamentária do próximo ano.
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